28/03/2011

A paixão!!

Tinha tudo para ser bandeirinha. Comecei torcendo pelo São Paulo Futebol Clube quando tinha ± 5 anos. Não sei dizer da onde surgiu esta vontade de torce por este time, já que minha mãe e minha irmã são corinthianas e meu pai santista, minha irmã mais nova ainda não havia nascido, mas se tornou cruzeirense...não me perguntem porque!
Torci para o São Paulo até os 7 anos. Depois que  este perdeu um jogo, infelizmente vou ficar devendo qual seria o jogo, meus pais e minha irmã me aporrinharam tanto neste dia que eu fiquei super brava e desisti do São Paulo!
Fiquei alguns anos sem torcer para nenhum time, mas me mantinha sempre informada quanto aos campeonatos e jogos afim através de programas de rádio como o Estádio 97 e pela tv com o RockGol, entre outros.
Sempre me fascinei pelas torcidas a paixão que demonstram pelo time em um estádio é algo surreal. As torcidas de outros times que me perdoem, mas não existe nada igual como a do Corinthians. Na época do rebaixamento do Timão a paixão demonstrada pelo torcida me conquistou e foi assim, por conta da melhor e maior torcida do Brasil que comecei a torcer pelo Corinthians! VAI TIMÃO!!


Por Carolina Martins

25/03/2011

Mais que uma bola

Seu Theodomiro e Dona Creuza tiveram cinco filhos, três deles, moleques: Wilson, Aldo e Agnaldo. Tudo gente honesta e trabalhadora, Seu Theodomiro, inclusive, conterrâneo do ex-presidente veio para São Paulo para ganhar a vida e poder criar os filhos com dignidade.
Mesmo com dificuldades, eles sempre foram pais amorosos e na medida do possível deram o que podiam dar a todos eles.
Houve um natal, num daqueles anos difíceis que todos nós passamos, que Seu Theodomiro, sem muito dinheiro, passou num lugar para comprar umas coisas pros meninos -- e para as meninas também, claro. A promoção do dia: bola. Ah, não pensou duas vezes, comprou umas coisinhas para as meninas e para os meninos, uma bola cada. Levou para casa uma bola do Santos, do Palmeiras e do São Paulo.
Acontece que cada um, graças àquele presente de natal, torce até hoje aos times impressos nas bolas. O Aldo é são-paulino, o Wilson é santista, o Agnaldo, palmeirense, este, aliás, disse ter trocado com o irmão Wilson -- "achei mais legal a do Palmeiras". E assim foi. E assim ficou, cabra.

Por robMietto

Influência, influência...

Um amigo me disse uma vez que é possível mudar de cidade, de esposa, de emprego, até de sexo(!), mas de time, nunca! Bem, a Melissa taí para provar o contrário.
A quase bibliotecária já passou pelo Palmeiras, Botafogo (Botafogo???) e depois por influência do pai resolveu entrar para a torcida do Timão. Quer dizer, nas palavras dela, influência do pai e do Marcelinho Carioca, hehe. Quem será que influenciou mais: o carinho ou as faltas batidas??


Por robMietto

23/03/2011

Para sorte ou azar

Arruda no meião. Vestir-se de frente para o campo. Calçar a chuteira direita primeiro. Benzer-se. Não fazer isso ou aquilo em dia de jogo, fazer aquilo outro... Numa palavra: rituais. O futebol é dos esportes que mais estimula superstições, em parte em razão do próprio espírito do jogo, em parte, convenhamos, por influência africana, que tem feito parte de tantos jogos e estádios mundo afora. Quem nunca ouviu falar em mandinga no futebol?

Por robMietto e Samuel

Quebra e requebra

Não é possível se falar em dança e música sem se falar em África. A cultura africana tem nessas manifestações a base do seu viver cotidiano. Como não poderia ser diferente, o futebol também foi "contaminado" pela ginga, antes, nos dribles, depois, nas comemorações. Anos de sufocamento não foram suficientes -- ainda bem! -- para apagar essa essência cultural.

Por robMietto e Samuel

Um carrão e uma lourinha

Relacionado à migração entre diferentes culturas, certa vez um jornalista esportivo, ao defender outro jornalista que tinha comentado que o jogador [negro] Fulano, então em contínua ascenção, já estava prestes a conseguir seu carrão e sua lourinha, disse que de certa forma foi um comentário natural, livre de preconceito.
Ao saírem de suas comunidades, e al alcançarem outros patamares, inclusive financeiros, estes esportistas começam a a frequentar outros grupos, compostos, muitas vezes, por pessoas diferentes àquelas do seus grupos originais. então, a "lourinha" não é fruto de um preconceito ou rejeição, mas sim resultado de uma maior "oferta", sendo ela ou não uma das famosas Maria Chuteiras. E essa troca de conhecimentos culturais não é unilateral -- ambos transitam nos dois mundos.

Por robMietto e Samuel

Para a alegria da nação!!

Apesar da resistência que houve no início da popularização do esporte, hoje a maioria dos jogadores de destaque são afro descendentes. Ironicamente, os "brancos" pagam milhões por um jogador "negro", certos de que ele fará a alegria de milhões.
Pelé, Garrincha, Didi, Zizinho, Toninho Cerezo, Leônidas, Djalma Santos, Modesto, Serginho Chulapa, Dadá Maravilha, Amaral, Andrezinho, Pantera, Dener entre outros foram muitas vezes ovacionados por sua competência e arte.

Por Rob e Samuel

Futebol e escravidão

Apesar de ter sido criado por ingleses, há muito tempo se tem visto negros se destacarem em várias posições, em times de diferentes portes, contudo nem todos sabem o árduo caminho que os garotos tẽm que enfrentar até se destacarem como grandes jogadores. Poderíamos até fazer um paralelo com a época da escravidão: eles são tirados das suas famílias, das suas comunidades e, iludidos por sonhos de conquistas, acbam vivendo em quase senzalas por muitos clubes do país, em condições precárias, dormindo sob escadas e móveis, em alojamentos improvisados.
Diferentemente daquela época, as famílias apostam no menino, muitas vezes a única esperança de mudança de vida para todos.
Esses pequenos jogadores saem de casa por volta de 13 anos;muitos vivem longe da família, com pouco contato, sofrendo as agruras da separação familiar e cultural. Alguns dão certo, outros, no entanto, aliás a grande maioria, é descartada e têm que voltar à realidade da qual um dia saíram.

Por robMietto e Samuel

13/03/2011

Alvi verde. Para não sofrer.

O pai do Alê Bruno é palmeirense. O avô também. Os tios. Quase lógico que ele se tornasse um palmeirense. E se tornou.

O pai é contador, o avô também e os tios. Quase lógico que ele fosse contador, mas não é. Alê é publicitário. "Acho que ele não queria que eu sofresse", brinca enquanto justifica a razão de não ter seguido os caminhos profissionais da família. E justamente por isso [para não sofrer] ele acabou indo para o o lado alvi verde da família.

Quando começou a trabalhar, aos 16 anos, começou a trabalhar com contabilidade, mas viu que não era esse seu barato. Contabilidade e surf não combinam muito, não é, Alê? Aliás o surf e a profissão o levaram para a Austrália ano passado e claro, de lá, com as facilidades internéticas dos dias de hoje não deixava de acompanhar os resultados do seu time do coração.

Por Rob

12/03/2011

"Eu não torço, eu sou Corinthians"

Quando perguntamos para o João Mantovani por que ele torcia para o Corinthians, ele foi rápido e seguro: "eu não torço para o Corinthians, eu sou o Corinthians".

João é fotografo de uma importante revista automobilística e já viveu na europa e nos Estados Unidos. Começou a fotografar "meio de brincadeira" enquanto era uma espécie de faz-tudo de uma editora. Lá, bastava o time dele ganhar no domingo para o magrelo aparecer com a camisa do Timão, todo sorridente, naquela malemolência característica dele.

Como ninguém nasce torcendo para time algum -- embora muitos afirmem  e têm certeza disso --  conversando um pouco mais descobrimos que por trás dessa paixão por um nome, uma marca, um estilo muitas vezes há pessoas com as quais nos identificamos. Com o João foi mais ou menos assim também: ele começou a frequentar a casa dos irmãos Fábio e Sérgio e notou que aquela corintianada toda lá tinha alguma coisa a ver com ele, aí bastou assistir a um Corinthians X Bragantino no Pacaembu pra ele ter certeza do que queria, ou era, como diria ele próprio. Daí por diante, no prédio onde morava ele passou a fazer parte do time de quem era corintiano, foi assistir três jogos contra o Santos -- segundo ele o Corinthians venceu em todos -- e pronto, já estava batizado.

Mantovani é um sobrenome tipicamente italiano, lógico que muitos familiares dele são palmeirenses, mas isso não impediu que ele tomasse outro rumo, se rebelou e acabou sendo a ovelha negra da família,  ou melhor, a ovelha alvi negra, hehe.

Por robMietto